Entenda o que é ESG e porque ele é importante para o seu negócio
18 de maio de 2021
Já falamos aqui sobre como empresas mais sustentáveis têm atraído mais investimento e uma atenção positiva do mercado. Assim como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), o ESG ou Environmental, Social and Governance é um índice extremamente relevante neste contexto.
Essa sigla reúne os principais fatores que indicam como as empresas podem se desenvolver de maneira sustentável e com responsabilidade socioambiental. Ao adotar o índice, as organizações que possuem práticas positivas em relação ao meio ambiente, por exemplo, apresentam um diferencial competitivo no mercado e até mesmo econômico.
Pensando nisso, elaboramos este artigo para que você entenda o que é e como alinhar sua empresa aos princípios do ESG de maneira assertiva. Confira:
O que significa ESG?
ESG vem dos termos em inglês Environmental, Social and Governance — ou, em português, Ambiental, Social e Governança. O termo é muito utilizado por consultores financeiros, bancos e fundos de investimento para avaliar as empresas de acordo com seus impactos e desempenho nessas três áreas.
De modo geral, o ESG ajuda os investidores a tomarem melhores decisões na hora de investir, justamente porque a reputação das empresas impacta diretamente na sua capacidade de permanecerem atrativas aos consumidores.
Como aponta o relatório ESG de A a Z, desenvolvido pela corretora XP Investimentos, em fevereiro de 2021, as empresas de maior destaque são aquelas cujo comportamento em relação às questões ambientais, sociais e de governança são colocadas em primeiro plano.
Indicadores de Desempenho Ambiental e o ESG
Em geral, as empresas que adotam a métrica do ESG, buscam analisar seus processos por meio de três pilares:
- Ambiental: uso de recursos naturais, emissão de gases de efeito estufa, eficiência energética, poluição, gestão de resíduos e efluentes. Está relacionado à minimização dos impactos ambientais provocados pela empresa.
- Social: políticas e relações de trabalho, inclusão e diversidade, engajamento dos funcionários, treinamento da força de trabalho, direitos humanos, relações com comunidades, privacidade e proteção de dados. Este pilar diz da colaboração da organização na construção de uma sociedade justa e responsável.
- Governança: independência do conselho, política de remuneração da alta administração, diversidade na composição do conselho de administração, estrutura dos comitês de auditoria fiscal, ética e transparência. Aqui, é observado se a empresa adota as melhores práticas de gerenciamento corporativo, priorizando valores éticos em suas tomadas de decisão.
Como o ESG está sendo aplicado no Brasil e no mundo?
Ao redor do mundo, o ESG cresceu 34% entre 2016 e 2018, ano em que o último grande estudo sobre o tema foi publicado. Dentre as regiões que mais investem na área estão Japão (307%), Austrália (46%), Canadá (42%), Estados Unidos (38%) e a Europa (11%).
Na América Latina, o Comitê Consultivo da Principles for Responsible Investment, principal órgão incentivador de investimentos sustentáveis no mundo, é responsável por promover o investimento sustentável. Criado em 2013, ele atua no Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru e, dentre as mudanças feitas para incentivar o investimento sustentável podemos destacar:
- A possibilidade de filtrar as empresas com “título verde” na bolsa de valores brasileira, a B³;
- Lançamento do índice S&P/B3 Brasil ESG;
- Discussão do tema em eventos nacionais;
Além disso, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA), mostra que, apesar de grande parte dos gestores considerarem questões ESG para seus negócios, apenas 11% contam com uma área específica para isso.
Vale destacar também que somente 18% contam com colaboradores diretamente envolvidos e 5% têm um comitê para avaliar investimentos ESG. Sobre o tema, a pesquisa ainda aponta que:
- 21,36% afirmam que contam com uma política específica sobre investimento responsável,
- 27,18% afirmam que há um documento geral da empresa sobre o tema,
- 20,39% afirmam que não, mas que está em desenvolvimento,
- 31,07% afirmam que não.
Apesar dos dados mostrarem uma evolução da adoção do ESG ao longo dos anos, ainda há um longo percurso a ser percorrido. O primeiro passo, neste sentido, está relacionado à adaptação dos processos das empresas e na conscientização dos empreendedores brasileiros.
Qual a importância do ESG para as empresas?
Considerando o ESG ao estabelecer suas políticas, uma empresa aumenta o potencial de retorno ajustado ao risco. Isso significa que há uma redução no risco de investimento, além da criação de valor. Deste modo, uma organização bem administrada, responsável e preocupada com os stakeholders (pessoal, clientes e meio ambiente), têm mais probabilidade de exibir um maior nível de resiliência.
Assim, o investimento em ESG, passa a ser considerado um critério de investimento e pode ser um grande diferencial de negócios.
Como medir o ESG na sua organização?
Para chegar à classificação é preciso analisar, em primeiro lugar, a área de negócio da empresa e entender quais os fatores mais relevantes em sua atividade. Uma vez que o contexto foi entendido, as agências classificadoras (MSCI e a Sustainalytics) passam a mapear a presença, ausência e intensidade das diretrizes e práticas relacionadas aos temas ESG.
Todas as áreas são analisadas e pontuadas. Assim, se uma empresa de bens de consumo que precisa de bastante água em sua produção tem registro de bom manejo de água, ela recebe uma nota maior. Depois de coletados, os dados são comparados às companhias concorrentes, seus pares de setor.
Por isso, um plano de implementação do ESG é fundamental. Da estratégia até a estrutura e transparência dos dados apresentados, tudo precisa ser pensado levando em consideração o contexto da empresa.
Como a Aterra cumpre as práticas de ESG
Na Aterra, desenvolvemos soluções integradas e tecnológicas para os processos de gestão, transformação e destinação final de resíduos, agregando valor para seus clientes, com ênfase nas práticas de ESG e no Desenvolvimento Sustentável.
Por meio da Plataforma de Gestão e Marketplace de resíduos e-Aterra, é possível criar redes de negócios sustentáveis customizadas para cada cliente e, de forma bem intuitiva, realizar o gerenciamento de todas etapas da gestão dos resíduos, desde o controle do inventário de resíduos até o monitoramento das empresas “receptoras” prestadoras de serviços de coleta, transporte e destinação final.
Desta forma, é possível fazer a destinação dos resíduos exclusivamente para processos qualificados e ambientalmente corretos, ampliando os ativos ambientais das indústrias com a gestão dos resíduos e, consequentemente, reduzindo os potenciais impactos ambientais e riscos associados.
Além disso, para aqueles resíduos que apresentam maior complexidade de gerenciamento, tratamento e destinação final, são desenvolvidos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D. São projetos inteligentes e ágeis voltados para o desenvolvimento de novos produtos e processos, favorecendo a economia circular e o fomento de negócios sustentáveis.
Fechando o ciclo de ações sustentáveis, promovemos a conexão entre seus clientes e o ESG (Environmental Social and Corporate Governance) por meio do projeto Save Cerrado. O projeto tem como objetivo a preservação de áreas nativas, o combate ao desmatamento, as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade.
De acordo com Leonardo Aguiar, Sócio e Head de Novos Negócios da Aterra, a parceria com a Save Cerrado irá ampliar a responsabilidade socioambiental da Aterra e dos seus clientes. “Além de iniciar preservando 5.000 m² de floresta nativa, nossa proposta é “quanto mais resíduos forem destinados pelos nossos clientes por meio da plataforma e-Aterra, mais hectares de florestas do Bioma Cerrado serão protegidos”.
Se interessou pelo assunto e quer saber como implementar o ESG na sua empresa? Entre em contato conosco!